segunda-feira, 9 de março de 2015

INEZITA BARROSO, apresentadora e cantora, 90 anos



Morre em SP a cantora Inezita Barroso

Ela tinha 90 anos e apresentou por mais de 30 o 'Viola, minha viola'.
Cantora estava internada no Hospital Sírio-Libanês desde 19 fevereiro.

A cantora e apresentadora Inezita Barroso morreu na noite deste domingo (8), aos 90 anos, informou a assessoria do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Inezita estava internada desde 19 fevereiro e completou 90 anos no último dia 4 de março. Ela deixa uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.

Em dezembro, a cantora foi hospitalizada  após cair dentro da casa em que estava hospedada em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Na ocasião, de acordo com o hospital, ela teria caído da cama e apresentava dores nas costas.
O velório da cantora será realizado nesta segunda-feira (9) na Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 6h, inicialmente apenas para a família. Posteriormente, o velório deve ser aberto ao público. O sepultamento está previsto, inicialmente, apra as 17h, no Cemitério Gethsêmani, no Bairro do Morumbi, Zona Sul da capital.
Inezita Barroso é considerada uma das principais cantoras da música sertaneja brasileira. É reconhecida como a mais antiga e mais importante expressão artística da música caipira no País. Ela nasceu em São Paulo e fez carreira no rádio e na televisão, além de passagens pelo cinema e teatro, onde atuou e produziu espetáculos musicais. Em novembro de 2014, ela foi eleita para ocupar uma das cadeiras na Academia Paulista de Letras.
Inezita Barroso (Foto: Arquivo / G1 / Valéria Gonçalvez / Estadão Conteúdo)Inezita Barroso (Foto: Arquivo / G1 / Valéria Gonçalvez / Estadão Conteúdo)
Ignez Magdalena Aranha de Lima nasceu em 4 de março de 1925, em São Paulo. Ela começou a cantar aos sete anos e, aos onze, passou a estudar piano. A carreira ganhou força já durante os anos 40, quando cantava músicas folclóricas compiladas por Mário de Andrade, na Rádio Clube do Recife. Em 1950, começou a atuar na Rádio Bandeirantes.
O primeiro disco veio em 1951, com músicas como "Funeral de um Rei Nagô" e "Curupira”.
Mas foi dois anos depois que vieram dois de seus maiores sucessos. Ela gravou "Marvada pinga", de Cunha Jr; e "Ronda", de Paulo Vanzolini. Em 1954, passou a apresentar programas sobre folclore. O ano de 1958 foi o da gravação de "Lampião de gás". Ao todo, lançou 80 discos, com mais de 900 músicas.
Inezita barroso (Foto: Arquivo / G1 / José Patrício / Estadão Conteúdo)Inezita Barroso no programa 'Viola, Minha Viola, na TV Cultura. (Foto: Arquivo / G1 / José Patrício / Estadão Conteúdo)
Inezita estreou como atriz no filme "Angela", de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, em 1950. Três anos depois, participou dos filmes "Destino em apuros", de Ernesto Remani; e "Mulher de verdade", de Alberto Cavalcanti. Esteve também em "É proibido beijar", de Ugo Lombardi e "O craque", de José Carlos Burle. Outra produção em sua filmografia foi "Carnaval em lá maior", de Adhemar Gonzaga.
Além da música e das artes cênicas, Inezita se graduou em Biblioteconomia e, de 1982 a 1996, deu aulas de Folclore na Universidade de Mogi das Cruzes. A partir de 1983, ela se tornou professora na Faculdade Capital de São Paulo. Em 1956, publicou o livro "Roteiro de um violão".
Ela continuou gravando programas de TV e lançando músicas. Para as novas gerações, era mais conhecida como a apresentadora do programa "Viola, minha viola", no ar na TV Cultura desde 1980. Os primeiros apresentadores foram Moraes Sarmento e Nonô Basílio, mas logo ela começou a participar. Depois, passou a apresentar sozinha.
Inezita barroso (Foto: Arquivo / G1 / Arquivo / Estadão Conteúdo)Inezita Barroso no início da carreira. (Foto: Arquivo / G1 / Arquivo / Estadão Conteúdo)

sábado, 4 de outubro de 2014

HUGO CARVANA, ator, 77 anos

O cineasta e ator Hugo Carvana morreu neste sábado (4) aos 77 anos no Rio. De acordo com o hospital em que Carvana estava internado desde o último domingo (28), em Botafogo, na Zona Sul, ele teve complicações causadas por um câncer no pulmão.
O velório será neste domingo (5) a partir das 9h, no Parque Lage, no Jardim Botânico. O corpo será cremado na segunda-feira (6), em cerimônia fechada para a família no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária.
Ao longo da carreira, iniciada em 1955, Hugo Carvana ficou marcado por retratar o típico "malandro carioca" em suas comédias de costumes. Foi ator de mais de 50 filmes. Dentre as produções que dirigiu, estão "Vai trabalhar, vagabundo" (1973), "Se segura, malandro" (1977), "Bar Esperança, o último que fecha" (1982), "O homem nu" (1996), "Casa da mãe Joana" (2007) e "Não se preocupe, nada vai dar certo" (2009).
"Ele não era somente um ator extraordinário, mas diretor, um intelectual que pensava o Brasil. É uma coincidência triste: Carvana era como José Wilker, um autor, pensava as coisas do Brasil, do cinema, tinha interesse grande pelo estado do mundo”, disse o cineasta e grande amigo Cacá Diegues, lembrando a morte do também ator e diretor José Wilker, em 5 de abril passado
Homenagem no Festival do Rio
No último sábado (27), o Festival do Rio realizou uma sessão especial de "Vai trabalhar, vagabundo", com cópia restaurada. Os quatro filhos de Hugo Carvana – todos com a jornalista e agora viúva Martha Alencar – estavam presentes: Júlio, Cacala, Rita e Pedro Carvana. Devido à saúde debilitada, o cineasta não pôde comparecer.
"Em nome da família a gente quer agradecer às manifestações dos amigos. O Carvana é um e diretor fundamental para nossa cultura. O Carvana lutou o quanto pode e essa semana infelizmente ele partiu. A homenagem do Festival do Rio foi uma benção. Recuperaram o negativo do primeiro filme dele dirigido em 54. O filme vai passar amanhã [domingo] em Guadalupe. É uma bela homenagem a ele. Ele estava muito feliz com essa edição do festival", disse Julio Carvana, um dos filhos, no hospital.
Na TV Globo, atuou também em novelas como "Corpo a corpo" (1984), "Roda de fogo" (1986), "O dono do mundo" (1991), "De corpo e alma" (1992), "Fera ferida" (1993), "Celebridade" (2003) e "Paraíso tropical" (2007). Um de seus papéis mais conhecidos foi o do repórter policial Valdomiro Pena, do seriado "Plantão de polícia" (1979-1981).

Seu último trabalho como diretor foi "Casa da mãe Joana 2" (2013). Como ator, fez parte do elenco de "Giovanni Improtta" (2013), de José Wilker.

Hugo Carvana nasceu no dia 4 de julho de 1937, filho da costureira Alice Carvana de Castro e do comandante da Marinha Clóvis Heloy de Hollanda. Era "um ilustre suburbano de Lins de Vasconcelos, que nunca renegou sua origem simples", conforme destaca o perfil no site oficial. O texto reforça que o ator e diretor ficou marcado em sua trajetória por ter "um quê de malandragem".
Na juventude, para conseguir entrar no estádio e torcer pelo Fluminense, costumava se disfarçar de vendedor de balas e ambulante. "Figura obrigatória nas mesas dos bares da noite carioca, cultivou amizade com grandes nomes da boemia e das artes – Roniquito, Ary Barroso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, foram alguns", diz o perfil.
"Através dessa vivência criou personagens que povoam o universo carioca, como o malandro Dino em 'Vai trabalhar vagabundo'." A primeira vez em que viveu esse tipo de personagem foi em "O capitão Bandeira contra o dr. Moura Brasil" (1970), de Antônio Calmon.

B I O G R A F I A:

 Hugo Carvana de Hollanda (Rio de Janeiro, 4 de junho de 1937Rio de Janeiro, 4 de outubro de 2014) foi um ator e diretor de cinema e televisão brasileiro. O ator tornou-se conhecido do grande público na televisão interpretando personagens notáveis, como o jornalista do seriado Plantão de Polícia, "Valdomiro Pena", nos anos 80, embora não escondesse sua paixão pelo cinema.

Carreira

Início e consagração

Hugo Carvana trabalhou em mais de cem filmes, desde a época em que começou, participando de algumas produções como figurante, por volta do ano de 1955, nas chanchadas da Atlântida. Passando no inicio da década de 60 por seu primeiro papel de destaque em Esse Rio que eu amo, atuando ao lado de Agildo Ribeiro e Tônia Carrero. Até os sucessos de Bar Esperança e O Homem Nu, como diretor. Em 1962, fez parte do movimento do Cinema Novo. Além disso, atuou também no Teatro de Arena de São Paulo, no Teatro Nacional de Comédia e no Grupo Opinião. Em 1975, Carvana é convidado pelo diretor Daniel Filho, com quem já havia trabalhado em alguns filmes, a participar de sua primeira novela, Cuca Legal.
Em vários filmes interpretou a imagem do malandro carioca, tendo estreado na direção com Vai trabalhar, vagabundo, no ano de 1973, filme no qual também atuou.

Diretor subestimado

O ator também foi um diretor subestimado no cinema nacional devido ao uso abundante de tomadas externas e em locais públicos (trens, ônibus, praças, ruas etc.) de seus filmes, mostrando o trabalhador, o pobre na sua condição mais crua, muitas vezes até atuando diretamente com o público, que aparece como é, sem a necessidade de figurantes, o que nos deixa ter uma ótima noção dos costumes do Rio de Janeiro da década de 1970.
Nos seus filmes iniciais, ele expunha o cotidiano do carioca, abria espaço para uma crítica mais concreta, principalmente em seu segundo filme Se Segura, Malandro!, que foi rodado no governo Geisel. Tal filme, se tornou possível devido ao momento político vivido em 1978, quando a produção foi lançada, um ano antes da anistia.
Cquote1.svg O humor, hoje, é moda. E se amanhã sair de moda, eu vou continuar fazendo humor. É uma devoção. Só consigo me olhar sob esse viés
da alegria, da brincadeira, da ironia. Estou preso a essa bolha da alegria, e de dentro dela não pretendo sair.
Cquote2.svg
Hugo Carvana, em 2011

Vida pessoal

Hugo Carvana nasceu no subúrbio da zona norte do Rio de Janeiro, mais especificamente em Lins de Vasconcelos, filho de uma costureira e de um comandante da Marinha Mercante. Era casado com a jornalista Martha Alencar e pai de Pedro, Maria Clara, Júlio, e Rita, já adultos.

Morte

No dia 4 de outubro de 2014, por volta do meio-dia, Hugo Carvana faleceu aos 77 anos, decorrente de câncer de pulmão. Em 1996 já havia descoberto a mesma doença no mesmo órgão, mas já em junho de 1997 havia se recuperado.

Cronologia

Televisão

Cinema

Como diretor

Como ator

Prêmios

  • Kikito de Ouro de melhor ator, no Festival de Gramado, por Vai trabalhar vagabundo 2 - a volta (1991).
  • Troféu Candango de melhor Ator no Festival de Brasília, por Vai trabalhar vagabundo 2 - a volta (1991).
  • Kikito de Ouro de melhor roteiro, no Festival de Gramado, por Bar Esperança (1983).
  • Kikito de Ouro de melhor filme, no Festival de Gramado, por Vai trabalhar vagabundo (1973).

 

sábado, 5 de abril de 2014

JOSÉ WILKER, ator, 67 anos

O ator e diretor José Wilker morreu, aos 67 anos, na madrugada deste sábado (5) no Rio. Ele sofreu um infarto. Wilker ficou conhecido por trabalhos marcantes em novelas como "Roque Santeiro", em que interpretou o personagem-título, e "Senhora do destino", em que interpretou o bicheiro Giovanni Improtta. No cinema, fez filmes como "Bye bye Brasil" e viveu o Vadinho de "Dona Flor e seus dois maridos".

Wilker morreu no apartamento da namorada, Claudia Montenegro, em Ipanema, Zona Sul. Segundo o produtor e amigo Cláudio Rangel, o velório está previsto para começar às 23h30 deste sábado, de acordo com a liberação do corpo, e seguirá até as 15h de domingo (6), aberto ao público. A cremação será no Memorial do Carmo, no Caju, às 18h.
Sua última participação em novelas foi em 2013, em "Amor à vida", de Walcyr Carrasco, no papel do médico Herbert. Em 2012, ele foi o coronel Jesuíno no remake de "Gabriela", baseada no livro "Gabriela Cravo e Canela",  de Jorge Amado. Na versão original, exibida em 1975, havia feito Mundinho Falcão. Na TV Globo, participou de quase 30 novelas.
Começo
José Wilker de Almeida nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1946 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. A mãe, Raimunda, era dona de casa, e o pai, Severino, caixeiro viajante.
O primeiro trabalho de Wilker foi com apenas 13 anos, como figurante no teleteatro da TV Rádio Clube, do Recife. "Ficava por ali aguardando alguma ponta", lembrou ele em depoimento ao site Memória Globo. A aparição inicial foi como cobrador de jornal na peça "Um bonde chamado desejo", de Tennessee Williams.
Sua carreira no teatro começou no Movimento de Cultura Popular (MCP) do Partido Comunista, onde dirigiu espetáculos pelo sertão e realizou documentários sobre cultura popular.
Em 1967, Wilker se mudou para o Rio para estudar Sociologia na PUC, mas abandonou o curso para se dedicar exclusivamente ao teatro.
Arte cronologia de José Wilker (Foto: Editoria de Arte / G1)
Em 1970, após ganhar o prêmio Molière de Melhor Ator pela peça "O arquiteto e o imperador da Assíria", foi convidado pelo escritor Dias Gomes o para o elenco de "Bandeira 2" (1971), sua primeira novela. Seu personagem foi Zelito, um dos filhos do bicheiro Tucão (Paulo Gracindo).
"Eu fazia teatro há dez anos, não tinha nada. Uma semana depois de estar no ar, eu era um cara com uma conta no banco, identidade, residência fixa e reconhecimento na rua. A resposta era muito imediata, intensa. Acabei gostando", afirmou Wilker ao Memória Globo.
Ele interpretou o seu primeiro papel principal na TV em 1975: foi Mundinho Falcão em "Gabriela", adaptação de Walter George Durst do romance de Jorge Amado, um marco na história da teledramaturgia brasileira.
Personagens conhecidos
Wilker tem em seu currículo personagens memoráveis, como o jovem Rodrigo, protagonista da novela "Anjo mau" (1976), de Cassiano Gabus Mendes.
Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Em 2004 interpretou o ex-bicheiro Giovanni Improtta, de "Senhora do destino", de Aguinaldo Silva, um personagem com diversos bordões como “felomenal” e “o tempo ruge, e a Sapucaí é grande”.
O artista dirigiu o humorístico "Sai de baixo" (1996) e as novelas "Louco amor" (1983), de Gilberto Braga, e "Transas e caretas" (1984), de Lauro César Muniz. Durante uma rápida passagem pela extinta TV Manchete, acumulou direção e atuação em duas novelas: "Carmem" (1987), de Gloria Perez, e "Corpo santo" (1987), de José Louzeiro.
Apaixonado pelo cinema, o ator participou de filmes como "Xica da Silva" (1976) e "Bye bye Brasil" (1979), ambos de Cacá Diegues, "Dona Flor e seus dois maridos" (1976) e "O homem da capa preta" (1985).  Fez ainda o personagem Antônio Conselheiro em "Guerra de Canudos" (1997), de Sérgio Rezende. Além disso, foi diretor-presidente da Riofilme.
Wilker também se destacou em minisséries como "Anos rebeldes" (1992), de Gilberto Braga; "Agosto" (1993), adaptada da obra de Rubem Fonseca; e "A muralha" (2000), escrita por Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro.
Em 2006, interpretou o presidente Juscelino Kubitschek na minissérie "JK", de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira.
O artista ainda escreveu textos para revistas e jornais e comentou a cerimônia do Oscar durante vários anos, para a TV Globo e para a GloboNews.
José Wilker deixa duas filhas. Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a também atriz Mônica Torres. No Facebook, Isabel escreveu uma declaração para o pai e agradeceu as mensagens de apoio: "Só tenho amor, muito amor, e agora saudades, sempre. Obrigada a todos pelo carinho", postou, junto com uma foto.

Fonte: G1 - Veja mais no JOSÉ WILKER - Infográfico:
 http://g1.globo.com/pop-arte/jose-wilker/infografico/platb/

sexta-feira, 21 de março de 2014

CANARINHO, humorista, 86 anos

Morreu o humorista Canarinho, conhecido pelo programa "A praça é nossa". A morte foi confirmada pela assessoria do SBT.
Aloísio Ferreira Gomes, de 86 anos, morreu no início da tarde desta sexta-feira (21). Ele sofreu um infarto agudo do miocárdio no domingo (16), e estava internado no Hospital Santana, em Mogi das Cruzes (SP).
O comediante nasceu em Salvador e começou a atuar aos 17 anos. Trabalhou no rádio, cinema e televisão. Em 1987, ganhou destaque como o personagem Canarinho no programa "A praça é nossa", do SBT. Em suas participações no humorístico, Canarinho costumava usar o telefone próximo de outras pessoas, falando alto. Ele se intrometia nas conversas alheias, e sempre tinha que correr para não apanhar no final da esquete.
"Lamentamos a perda do humorista e deixamos nossos sentimentos aos familiares, amigos, admiradores e colegas de trabalho de Canarinho", disse a emissora, por meio de comunicado divulgado para a imprensa. O corpo do humorista será cremado. Ainda não há informações sobre velório.
 B I O G R A F I A:
Canarinho, nome artístico de Aloísio Ferreira Gomes (Salvador, 29 de dezembro de 1927São Paulo, 21 de março 2014 ) foi um humorista brasileiro, conhecido por suas participações no programa A Praça é Nossa. Antes mesmo de participar do humorístico, porém, tinha sido apresentador do programa Clube dos Artistas (1950-1951).


Filho de Gonçalo Gomes e Luzia Ferreira Gomes.

Em 1947 já era cantor profissional, cantando na Rádio Excelsior da Bahia.

Chegou à cidade de São Paulo em dezembro de 1955 com o Conjunto de samba do Internacional Russo do Pandeiro.

Canarinho foi colunista de esportes do jornal Folha da Manhã e ganhou notoriedade ao participar do programa humorístico denominado Praça da Alegria no ano de 1956, tornando-se um comediante instantâneo.

Após sair do programa, começou a fazer shows humorísticos. Logo em seguida, tornou-se um dos participantes do programa Praça Brasil. Participou também da primeira versão da série Sítio do Pica-Pau Amarelo, exibida pela Rede Globo nos fins dos anos 70 e até meados dos anos 80, onde interpretava o personagem "Garnizé", fazendo parceria com Tonico Pereira, que interpretava o personagem "Zé Carneiro".

Com o início da nova versão do programa Praça Brasil no SBT, denominado A Praça é Nossa, Canarinho interpretou um telefonista que atende as pessoas necessitadas com um celular, e durante muito tempo, com telefone público. Interpretou também o personagem Boneco.

Na década de 2000, Canarinho foi afastado do humorístico A Praça é Nossa. Entretanto, logo após o ocorrido, continuou no elenco do programa, por meio de shows de humor, mesmo que ele não se mostrasse presente nos estúdios do SBT para fazer o papel de telefonista no programa humorístico.

Em 2003, voltou a participar do programa nos estúdios da emissora de Sílvio Santos, provando, na opinião de alguns, que o seu suposto afastamento foi mais um ato de marketing do referido humorístico.

Canarinho morreu de infarto agudo do miocárdio, no Hospital Santana, em Mogi das Cruzes, onde estava internado havia cinco dias .

Filmografia


Ano Filme Autor
1962 As Testemunhas Não Condenam Zélia Feijó Costa
1967 A Desforra Gino Palmisano
1970 Sábado Alucinante Cláudio Cunha
1971 Diabólicos Herdeiros Geraldo Vietri
1971 Meu Pedacinho de Chão Benedito Ruy Barbosa/Teixeira Filho
1972 Jerônimo Moysés Weltman
1975 O Dia em Que o Santo Pecou Cláudio Cunha
1975 Bacalhau Adriano Stuart
1976 Guerra é Guerra Alfredo Palácios
1977 Costinha e o King Mong Alcino Diniz
1977 Snuff, Vítimas do Prazer Cláudio Cunha
1978 Maneco, o Super Tio Flávio Migliaccio
1979 Nos Tempos da Vaselina José Miziara
1979 A Dama da Zona Ody Fraga
1982 Tem Piranha no Aquário Vital Filho

quinta-feira, 13 de março de 2014

PAULO GOULART, ator, 81 anos

Morreu nesta quinta-feira (13), em São Paulo, o ator Paulo Goulart. Com 81 anos de idade, o ator faleceu em decorrência de um câncer. Segundo o portal "G1", a informação foi confirmada pela produção do artista.
O global estava internado no Hospital São José, na região central da cidade. Em 2012, ele passou pelo Hospital Beneficência Portuguesa para tratar de um câncer do mediastino, uma cavidade dentro do tórax, localizada entre os pulmões. Há cerca de 7 anos, ele já havia passado por uma cirurgia de retirada de um tumor no rim.
Paulo Afonso Miessa, nome verdadeiro de Paulo Goulart, nasceu no dia 9 de janeiro de 1933, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A carreira artística começou em 1951 na extinta Rádio Tupi, como ator de radionovelas. No mesmo ano, ele estreou na TV ao lado de Mazzaropi.
Casado com a atriz Nicette Bruno, 81, ele deixou três filhos: Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, que também são atores, assim como as netas Vanessa Goulart e Clarissa Mayoral.
Goulart destacou-se por seus trabalhos em novelas como "Plumas e Paetês" (1980), "Roda de Fogo" (1986), "O Dono do Mundo" (1991), dentre muitas outras. O último trabalho na TV foi em como o Dr. Eliseu de "Morde e Assopra", novela exibida em 2011.

B I O G R A F I A:

Paulo Goulart, nome artístico de Paulo Afonso Miessa (Ribeirão Preto, 9 de janeiro de 1933 - São Paulo, 13 de março de 2014) foi um ator brasileiro.
Em sua homenagem, na cidade de São Paulo foi denominado um teatro do Esporte Clube Banespa.

Vida pessoal

Paulo Goulart era casado com a atriz Nicette Bruno, com quem se casou logo após conhecê-la em 1952. Ambos professam seguir os ensinos do Espiritismo há décadas, juntamente com seus filhos.
Seus filhos são as atrizes Beth Goulart e Bárbara Bruno e o ator e dançarino Paulo Goulart Filho. Também é avô das atrizes Vanessa Goulart e Clarissa Mayoral, a qual não tem qualquer parentesco com a atriz Tatyane Goulart.
Entre agosto e outubro de 2012, o artista ficou internado devido a um câncer na região entre os pulmões.
O ator sofreu um câncer de rim, o qual apresentou recidiva no mediastino em 2014 . Na tarde do dia 13 de março de 2014, aos 81 anos, Paulo Goulart faleceu em decorrência do seu câncer.

Carreira

Na televisão

No cinema

Dublagens



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

VIRGÍNIA LANE, vedete, 93 anos

Uma das mais importantes vedetes do cinema e do teatro do Brasil, Virginia Lane morreu às 16h50m desta segunda-feira, no Hospital São Camilo, em Volta Redonda, no Sul Fluminense. Ela estava internada havia nove dias no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Segundo Marta Sampaio, única filha da ex-vedete, Virginia teve falência múltipla dos órgãos após sofrer de uma forte infecção urinária.
– Há cinco anos, minha mãe separou a roupa com que ela desejava ser enterrada: coroa, maiô, meia, strass e muitas plumas, ou seja, caracterizada de vedete. Ela já tinha dito que não queria flores no seu caixão e ninguém chorando no seu velório – disse Marta, que morava com a mãe na cidade de Piraí.
A família informou que o corpo de Virginia Lane deverá ser velado na Câmara Municipal de Piraí e depois levado para o Teatro João Caetano, no Centro do Rio. O enterro será no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. O prefeito de Pirai, Luiz Antônio Neves (PSB), decretou luto de três dias na cidade.
Virginia participaria da abertura oficial do carnaval do Rio de Janeiro, na Cinelândia, no próximo dia 28 de fevereiro, data em que completaria 94 anos.
Nascida Virginia Giaccone em 28 de fevereiro de 1920, ela começou cedo na carreira artística: aos 15, cantava no programa "Garota Bibelô", da rádio Mayrink Veiga, comandado por César Ladeira; aos 18, já atuava no cinema; aos 23, passou a integrar o elenco do Cassino da Urca, onde cantou e dançou à frente de orquestras como a de Carlos Machado e Benny Goodman.
A atribulada agenda artística não a impediu a seguir com os estudos. Interna do Colégio Regina Coeli dos seis aos 14 anos, passou pelo Instituto Lafayette, em Botafogo, e chegou a cursar o primeiro ano da faculdade de Direito.
O auge de sua carreira foi na década de 1950. Ao todo, participou de mais de 30 filmes como "Laranja da China", de Ruy Costa, e "Carnaval no Fogo", de Watson Macedo, além de contracernar com nomes como Oscarito, Grande Otelo e Zé Trindade.
Sua carreira também foi prolífica nas peças do teatro de revista. Virginia foi uma das artistas de maior prestígio durante o governo de Getúlio Vargas, de quem recebeu, em mãos, a faixa que acabou se tornando seu título: "Vedete do Brasil". Ela mesma afirmava que teve um caso com o então presidente durante uma década.
Já famosa como vedete do teatro de revista, Virginia Lane gravou em 1951, a marchinha "Sassaricando", de Luis Antônio.
Inspiração para a novela "Locomotivas", de 1977, a primeira a ser exibida a cores no horário das 19h na TV Globo, a ex-vedete integrou, em 2005, ao lado de outras ex-vedetes, o elenco da novela "Belíssima", da TV Globo. Ela voltou a aparecer em uma atração da emissora dois anos depois, em "Sete pecados".
Virginia foi casada duas vezes. Em 1970, com o segundo marido, passou a morar em um sítio em Piraí, no Rio de Janeiro, onde fixou residência para encurtar o caminho para São Paulo, onde gravava o programa "Show de calouros", de Silvio Santos, como jurada. Na cidade, a ex-vedete chegou a ocupar o cargo de Secretária de Turismo.
Em 2002, sofreu um acidente de carro que lhe obrigou a colocar pinos em suas pernas, outrora consideradas as mais bonitas do Brasil.
A ex-vedete recebeu a última homenagem em vida no dia 25 de janeiro deste ano, quando foi eleita a Imperatriz do Amazônia, em Belém, no Pará.

B I O G R A F I A:

Virgínia Lane, nome artístico de Virgínia Giaccone (Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1920Volta Redonda, 10 de fevereiro de 2014), foi uma atriz, cantora e vedete brasileira.

Nasceu no bairro do Estácio, zona norte do Rio de Janeiro. Em 1935, começou sua carreira como cantora no programa Garota Bibelô, na rádio Mayrink Veiga, de César Ladeira. Sua estreia no elenco do Cassino da Urca se deu em 1943, quando atuou como cantora e dançarina à frente das orquestras de Carlos Machado, Tommy Dorsey e Benny Goodman.
Seu primeiro disco pela Continental foi lançado, em 1946, com a marcha Maria Rosa, de Oscar Bellandi e Dias da Cruz, e o samba Amei Demais, de Cyro de Souza e J.M. da Silva. Já em 1948, sob a direção de Chianca de Garcia, apareceu como vedete na revista Um Milhão de Mulheres, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Tornou-se então a vedete mais famosa da Praça Tiradentes. Por 4 anos seguidos emplacou diversas revistas em parceria com o produtor Walter Pinto. Durante a temporada de Seu Gegê Virgínia Lane recebeu o título de “A Vedete do Brasil”, dado pelo Presidente Getúlio Vargas.
No auge da febre do Teatro de Revista levou para a televisão o formato do teatro de variedades com o programa Espetáculos Tonelux, na TV Tupi carioca, dirigida por Mário Provenzano.
Virgínia fez sucesso também no cinema, em diversos filmes na Cinédia e na Atlântida, como Laranja da China (1940), de Ruy Costa, e Carnaval no Fogo (1949), de Watson Macedo. Participou de várias comédias carnavalescas cantando seus sucessos e contracenando com Oscarito, Grande Otelo e Zé Trindade.
Em 2005/2006 fez parte do elenco na novela Belíssima, da TV Globo, ao lado de outras ex-vedetes, como Carmem Verônica, Íris Bruzzi, Ester Tarcitano, Lady Hilda, Teresa Costello, Dorinha Duval, Anilza Leoni, Rosinda Rosa, Lia Mara, entre outras.
Virgínia Lane participou de 37 filmes, e chegou a montar sua própria companhia para levar o teatro de revista a diversas regiões do Brasil.
Segundo contou em algumas entrevistas, Virgínia teve um relacionamento amoroso durante 10 anos com o ex-presidente Getúlio Vargas . Chegou a dizer que "a barriguinha dele atrapalhava, mas que tudo se resolvia na horizontal".
Morreu na tarde de 10 de fevereiro de 2014 de falência múltipla dos órgãos no CTI do Hospital São Camilo, onde estava desde 6 de fevereiro, após a piora no quadro de infecção urinária, causa da internação em 2 de fevereiro.
Foi casada duas vezes, a primeira em 1952 com Sérgio Kröeff e a segunda em 1970. Deixou uma única filha, do segundo casamento, Marta Santana.

Trabalhos no cinema

  • 1935 Alô, Alô, Brasil - Vedete
  • 1936 Alô, Alô, Carnaval - Vedete
  • 1939 Banana-da-Terra
  • 1939 Está Tudo Aí
  • 1940 Céu azul
  • 1940 Laranja-da-China
  • 1941 Entra na Farra
  • 1943 Samba em Berlim
  • 1949 Carnaval no Fogo - Dalva
  • 1951 Anjo do Lodo - Lúcia (Primeiro nú em um filme nacional) 
  • 1952 É Fogo na Roupa
  • 1952 Está com Tudo
  • 1952 Tudo Azul
  • 1955 Carnaval em Marte
  • 1956 Guerra ao Samba - Tetê
  • 1956 Tira a mão daí!
  • 1958 Vou Te Contá
  • 1959 Mulheres à Vista - Gil
  • 1959 Quem Roubou Meu Samba? - Sônia
  • 1960 O Viúvo Alegre - Marah
  • 1960 Vai que É Mole
  • 1962 Bom Mesmo É Carnaval
  • 1975 Os Pastores da Noite
  • 1977 A Árvore dos Sexos
  • 1998 Vox Populi

Trabalhos na televisão

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

MARLY MARLEY, jurada, 75 anos

Marly Marley, mais conhecida como ex-jurada do Programa Raul Gil, morreu nesta sexta-feira, 10, aos 75 anos. A atriz e diretora teatral estava internada no Hospital São Camilo desde 3 de dezembro do ano passado por causa de um câncer no pâncreas e morreu em decorrência de uma encefalopatia hepática aguda.
Nascida em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, Marly era casada com o humorista Ary Toledo há mais de 40 anos. Nos anos 60, ganhou destaque ao atuar em peças e programas televisivos, como O Amor Tem Cara de Mulher e chegou a passar pelas emissoras Tupi, Excelsior, Manchete, Band, SBT e Record. Por muitos anos, atuou como jurada no Programa Raul Gil.
A ex-vedete também trabalhou ao lado de ícones do cinema brasileiro, entre eles Dercy Golçalves e Mazzaropi, em filmes como O Vendedor de Lingüiças , Casinha Pequenina e O Puritano da Rua Augusta. Sua última aparição no cinema foi em Chega de Saudade, de 2007.

O enterro de Marly Marley será realizado neste sábado, 11, no Cemitério Morumbi, às 17h.

B I O G R A F I A:
Marly Marley (Três Lagoas, Mato Grosso do Sul em 5 de abril de 1938 - São Paulo, 10 de janeiro de 2014), foi uma atriz, diretora de teatro, crítica musical, jurada musical e ex-vedete da época de ouro do rádio e televisão brasileiros, personalidade de destaque expressivo no cenário da cultura artística e musical nacional por várias décadas.
Morreu em 10 de janeiro de 2014, aos 75 anos, depois de ficar internada por um mês em um hospital de São Paulo devido a um câncer de pâncreas e apresentava metástases.

Biografia

Marly Marley nasceu em Três Lagoas (MS) em 5 de abril de 1938, e, ainda pequena, mudou-se para Lins, no estado de São Paulo, cidade que adotou de coração. Formou-se professora e psicóloga. Porém, acabou não exercendo a profissão, vindo a dedicar-se às artes. Em sua educação musical, aprendeu a tocar os instrumentos acordeão e piano, bem como teve também aulas de canto. Marly é católica.

O carnaval sempre foi outra paixão de Marly. Ao longo de dez anos participou de gravações de folias carnavalescas pelo Brasil. Toda a experiência conferiu-lhe vários predicados artísticos e culturais. Ultimamente assinava a produção e direção de peças teatrais.
Produziu e dirigiu peças teatrais, como o O vison voador. Integrou, também, junto com um corpo de veteranos da cultura musical brasileira, o jurado do Programa Raul Gil.
Foi casada por mais de quarenta anos com o humorista Ary Toledo.

Época do Teatro

Trabalhou por quinze anos como vedete nos teatros de revista. Depois, participou de operetas com Vicente Celestino. Participou ainda de comédias com Dercy Gonçalves, Mazzaropi e José Vasconcelos.

Cinema e Televisão

Em televisão, Marly passou por várias emissoras como Tupi, Excelsior, Rede Manchete, Band, SBT e Record. No cinema, estrelou três filmes com Mazzaropi, e em duas produções estrangeiras, uma mexicana e outra alemã.
Em 2008, Marly Marley participou do filme "Chega de Saudade", da cineasta Laís Bodanzky (autor de "Bicho de Sete Cabeças"), com roteiro de Luiz Bolognesi, um longa-metragem que trata do universo e dos personagens dos salões da época de ouro do rádio, teatro e televisão no Brasil. Na história, interpretou a personagem Liana.

Jurada musical

Integrou por muitos anos o corpo de jurados do Programa Raul Gil, trabalhando com o apresentador desde 1987. Com notável cultura, experiência e talento musical, é considerada a primeira dama da crítica musical brasileira.

Cinematografia incompleta